Tempos atrás, quando se tinha algum tipo de dano em um gerador eólico, a solução só ocorria a partir de um processo manual. Tempo sem geração de energia e alto custo eram apenas alguns dos impactos na vida das empresas. Novas tecnologias foram agregadas e outras devem chegar ao mercado em um curto espaço de tempo quando se fala em inspeção de parques eólicos.
Moderado por Ricardo Dutra, engenheiro pesquisador da CEPEL, o painel contou com os debatedores Tiago Siqueira, sócio da New Wind, Rodolfo Meleiro, que é Chief Technology and Data da Arthwind, Denis Biancardi, atual Head of Technology Service LATAM da Siemens Gamesa, Ewerton Carneiro, diretor de Ativos da Statkraft e José Morais, Regional Manager Latam da ONYX InSight.
“Hoje, é possível se antecipar em até três anos, por exemplo, antes de uma possível falha de uma turbina. Isso gera vantagens competitivas”, destaca Denis Biancardi, da Siemens Gamesa. José Morais, da Onyx InSight, vai além. “Temos software para inspecionar os equipamentos. Mas, também, devemos olhar com muita atenção e analisar os dados. São essenciais na tomada de decisões assertivas de prevenção e manutenção”.
O painel não se limitou a falar de tecnologia. Tiago Siqueira, sócio da New Wind, citou a importância de qualificar a mão-de-obra e levar cada vez mais conhecimento aos profissionais sobre a manutenção de aerogeradores. Por outro lado, alguns debatedores fizeram alerta e mostraram a necessidade de ainda olhar para um detalhe único em nosso país.
Segundo Rodolfo Meleiro, da Arthwind, o “fator Brasil” impacta diretamente em um equipamento essencial para uma turbina: as pás. Afinal de contas, o Brasil é campeão em raios e erosão no mundo, algo que não ocorre em outros países. E os produtos comercializados por aqui ainda tem um perfil europeu. “Não podemos ignorar nosso meio ambiente e nossas características na hora de fazer manutenção das pás”, salienta Ricardo Dutra, engenheiro pesquisador da CEPEL.