A possibilidade de o Brasil se tornar uma das principais potências na produção em hidrogênio verde, e, ao mesmo, estar atento à necessidade de regulamentação para acelerar esse crescimento pautou o painel.
Uma pesquisa publicada em janeiro pela consultoria alemã Roland Berger, intitulada Green Hydrogen Opportunity in Brazil (Oportunidade de Hidrogênio Verde no Brasil), mostrou que o país poderá faturar R$ 150 bilhões por ano com o mercado de H2V (Hidrogênio Verde) até 2050, sendo que R$ 100 bilhões seriam provenientes das exportações da commodity.
“O hidrogênio verde é uma realidade, mas está em sem regulação. Precisamos criar um marco regulatório. É fundamental. Tenho certeza de que, nos próximos dias, uma série de projetos de lei será assinada, como a de Offshore, do Hidrogênio e a Economia Circular. O tempo é curto e precisamos acelerar”, destaca Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica.
Ansgar Pinkowski, Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade - AHK Rio, alerta que o país precisa olhar para o mercado interno do hidrogênio e não se limitar apenas a ser exportador. “O grande desafio do hidrogênio é o seu transporte. Por isso, o Brasil pode gerar aqui e usar na sua própria indústria.”
Ficou evidente a importância da formalização do Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável, firmado em maio por diversas entidades, ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio). “Queremos auxiliar o Governo no desenvolvimento das políticas públicas. São 17 propostas criadas para o desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio renovável, tanto para exportação quanto para consumo doméstico”, cita Tamar Roitman, Gerente Executiva da ABiogás.
O painel contou ainda com a participação de Camila Ramos, Managing Director and Founder – CELA, Eduardo Tobias, Coordenador da Força-Tarefa de Hidrogênio Verde – Absolar e moderação de Marcelo Moraes, Presidente – FMASE.