Quando se fala em transição energética, é importante lembrar de um mundo em que o óleo era o principal vetor energético. Hoje, a energia eólica onshore e offshore são os principais modelos para impulsionar a energia limpa no Brasil. Essa discussão acompanhou, nesta manhã, o painel “As Rotas de Mercado e as Novas Tecnologias de Energia” na Arena Offshore, no último dia do Brazil Windpower 2023.
O painel contou com os debatedores Gustavo Ponte, Superintendente Adjunto da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Thiago Coriolano, Wind Energy Consultant da DNV, Juliana Mantovani, Consultora Sênior da Ramboll, Gabriela da Rocha Oliveira, Head Renewable Generation Latam da Shell, o belga Mert Çandarli, Businees Development & Sales Manager Offshore da Tractebel, Fernando Camargo, Sócio da LCA Consultores e Carla Primavera, Superintendente da Área de Energia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Durante a conversa, moderada por Donato Filho, Diretor Geral da Volt Robotics, ficou claro que a grande meta para todos os playres envolvidos no processo de energia eólica no Brasil é a descarbonização e a luta contra as mudanças climáticas. “A gente precisa pensar para além de marcos regulatórios, mas termos incentivos para a indústria fazer a transição e incentivo para quem consome’, afirmou Gabriela Oliveira.
Os painelistas concordam que incluir a sociedade em uma escuta ativa, a inserção de novas tecnologias renováveis como a energia eólica e pensar nas rotas de mercado usando as dimensões de pessoas, tempo e ambiental são primordiais para o sucesso da transição energética. “Há uma discussão de demanda no setor, com o investimento de novas tecnologias com o hidrogênio verde e há uma oportunidade para a energia eólica porque ela oferece bastantes atributos e, por isso, devemos fazer a mesma trajetória da energia eólica onshore para chegar na offshore”, lembrou Carla Primavera, do BNDES.