Com moderação de Ricardo Gorini, da Agência Internacional para as Energias Renováveis Irena, no painel “Transformação energética: novas composições de matriz”, três pilares centrais ditaram a conversa: infraestrutura física, institucional/governança e funding de investimento.
Para debater, participaram da roda Rogério Jorge, CEO da AES Brasil, Angela Livino, Presidente Interina da EPE, Talita Porto, Vice-Presidente do Conselho de Administração da CCEE, Sandoval Feitosa, Diretor Geral da ANEEL, Luiz Carlos Ciocchi, Presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Mariana Espécie, Diretora do Departamento de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia.
Segundo os debatedores, a contribuição do Brasil é de muita importância no processo de transformação energética. “O Brasil tem uma diversidade de recursos energéticos que colocam o país num cenário único”, lembrou Mariana. E Angela completou: “é uma expansão que precisa ser planejada em conjunto.”
Os debatedores lembraram que o mercado está cada vez mais livre, e que as tecnologias permitem que se construam parques em menos tempo. Por isso mesmo, é preciso pensar em um novo paradigma. A pauta de transição é de todos. “O grande desafio é como sociedade, não apenas de produção e a oportunidade que o setor elétrico tem para trabalhar com outros setores da economia”, destacou o presidente do ONS.
Todos os painelistas concordaram que não dá para falar em transição energética sem pensar nos impactos ambientais, tributários e na indústria nacional como um todo. “Tem muita demanda de energia num país que tem um mercado interno pungente, grandes grupos com solidez e um setor elétrico com tradição de quase 30 anos no mercado livre. Precisamos aproveitar essa oportunidade e garantir segurança jurídica para um mercado mais aberto e competitivo”, encerrou Sandoval.